Para garantir as COTAS

Ampliar a Popularização da UFRGS

A UFRGS de 2011 não é a mesma de 2007. Em 2012, acontecerá o 5º vestibular com reserva de vagas para estudantes de escola pública, autodeclarado negros e índigenas. Temos muita alegria de ver o resultado desta dura batalha. Hoje, as principais chapas se dizem favoráveis às cotas. Infelizmente, algumas organizaram um forte movimento contra a popularização da UFRGS. Ação que permitiu que o neonazismo mostrasse a cara com pichações racistas no Campus Centro. Para nós, as cotas não são votos numa eleição. São a possibilidade real de milhares de jovens de baixa renda, negros e indígenas estudarem na melhor Universidade Pública do RS. Em 2012, na revisão do projeto, defenderemos os excelentes resultados obtidos e lutaremos para não só manter, mas ampliar a inserção desta parcela do povo na UFRGS!




Notícia de 03/11/2007

Cotas dividem chapas para o DCE da UFRGS

Alunos vão eleger nova diretoria entre 20 e 22 de novembro

As cotas sociais continuam gerando discussão dentro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Dessa vez, o tema é um dos pilares das quatro chapas inscritas para a eleição do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da instituição, marcada para os dias 20, 21 e 22 de novembro. 

As inscrições para o pleito encerraram-se no último sábado. Dentre os quatro grupos inscritos, três são a favor das cotas e um, contra. A atual direção do DCE, que busca a reeleição, já manifestou apoio à reserva de vagas para alunos negros e oriundos de escolas públicas. 

Segundo um dos coordenadores da chapa de situação, Marcus Vianna, o perfil dos alunos da UFRGS não reflete a sociedade gaúcha. 

— Nós encontramos poucos negros ou índios aqui dentro. Isso precisa mudar e as cotas são um instrumento importante para reverter esse quadro — afirma. 

Marcus garante que a defesa dos alunos cotistas será uma das maiores bandeiras do DCE, caso o grupo conquiste a reeleição. 

A chapa DCE Livre: Porque é Preciso Mudar não esconde sua rejeição à reserva de vagas. Uma das metas do grupo é conseguir na Justiça a suspensão das cotas sociais na UFRGS. 

De acordo com Claudia Thompson, candidata à presidência, a ação vai questionar a forma como o projeto das cotas foi aprovado pela universidade. Na época da discussão sobre a implantação do sistema de cotas na UFRGS, Claudia, então integrante do Conselho Universitário, entrou na Justiça com um pedido de suspensão da votação do projeto, mas a solicitação foi cassada no dia seguinte. 

— Além de ser uma ação discriminatória, pois trata os concorrentes de forma desigual, o debate do tema nunca foi levado aos estudantes. Nós também temos o direito de nos posicionar sobre o assunto — diz.
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